Legionella detetada depois de obras no IPO de Lisboa. Hospital afasta risco de infeção
O hospital garante ainda que nenhum paciente ou funcionário foi infetado.
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A bactéria da legionella foi detetada no Instituto Português de Oncologia de Lisboa, confirmou João Oliveira, presidente da instituição de saúde, à TSF.
João Oliveira esclarece que, para já, não há registo nem suspeitas de que qualquer paciente ou funcionário do IPO tenha sido infetado. "Não temos ninguém sequer suspeito de ter uma infeção de legionela", garantiu.
"A bactéria foi detetada nas tubagens das canalizações de água quente de dois dos treze edifícios de que o hospital é constituído", disse à TSF o presidente do IPO Lisboa.
Os dois edifícios onde a bactéria foi encontrada estão a ser alvo de obras, sendo que João Oliveira admite que estas podem ter estado na origem do aparecimento da bactéria.
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Em causa estão o pavilhão central e o pavilhão de rádio, onde estão serviços de internamento de doentes. Mas o presidente do hospital garante não foi preciso encerrar os edifícios. "Não houve nunca necessidade disso. As medidas de contenção são suficientes", assegurou.
O hospital procedeu de imediato à colocação de filtros na água e a choques térmicos, que são aconselhados nestas circunstâncias IPO de Lisboa garante que não há risco para os doentes hospitalizados nem para as restantes pessoas que frequentam as instalações.
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A bactéria foi encontrada na sequência das análises à água que são feitas, de três em três meses, pelo IPO.
"A infeção hospitalar, mesmo por outras bactérias que não são a legionella, é um problema grave. Portanto, estamos muito alerta. Um hospital deste género vive, permanentemente, em alerta para as infeções", acrescentou João Oliveira.
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A bactéria legionella é responsável pela doença dos legionários, uma forma de pneumonia grave que se manifesta pela tosse seca, febre, arrepios, dor de cabeça, dores musculares e dificuldades respiratórias, podendo ainda surgir dor abdominal e diarreia.
A incubação da doença tem um período de cinco a seis dias depois da infeção, podendo ir até dez dias.
A infeção pode ser contraída por via respiratória, através da inalação de gotículas de água ou por aspiração de água contaminada.
Notícia atualizada às 13h10