Guilherme Figueiredo critica o procedimento de recolha dos corpos das vítimas de legionela e pede que sejam apuradas responsabilidades.
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Guilherme Figueiredo fala de um "procedimento anómalo e criticável", apesar de considerar que as autópsias são necessárias para a investigação.
Por ordem do Ministério Público, a polícia foi ao velório das vítimas de legionela levantar os corpos. Os funerais tiveram de ser adiados e as famílias ficaram indignadas quando a polícia quis transportar os cadáveres dentro de sacos de plástico.
Em declarações à TSF, o Bastonário dos Advogados defende que a realização de autópsias "é razoável e é fundamental, não só para investigação mas também para a própria família".
Ainda assim, Guilherme Figueiredo considera que "o procedimento é completamente anómalo e não pode suceder".
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Em comunicado divulgado na terça-feira à noite, a Procuradoria-Geral da República lamentou o sofrimento causado às famílias, mas explica que não tinha recebido a comunicação dos óbitos e, nestes casos, a autópsia é indispensável para a investigação.
O Bastonário da Ordem dos Advogados pede que sejam apuradas responsabilidades neste caso. "Tendo em consideração que o Ministério Público foi absolutamente claro na sua nota de que só sucedeu assim porque não teve conhecimento, há que averiguar como é que não teve conhecimento".
Os dois corpos encontram-se agora no Instituto de Medicina Legal para serem autopsiados. Fonte do comando metropolitano da PSP de Lisboa confirmou o episódio, dando conta de uma situação desconfortável e difícil de gerir, mas sublinhando que as ordens são para cumprir.