O Bloco de Esquerda apresentou, esta segunda-feira, o projeto no Parlamento e pretende que o Governo o tome em consideração. São 200 enfermeiros que o partido quer ver com contratos definitivos.
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De visita ao Hospital de Faro, Catarina Martins anunciou que gostaria de ver definitivamente nos quadros do Serviço Nacional de Saúde os enfermeiros que celebraram contratos temporários para o período de contingência da gripe. "É preciso que esses contratos se tornem permanentes e que esses enfermeiros não se vão embora" depois de acabado este período, diz a coordenadora do BE.
De acordo com o Bloco, a média europeia ronda os oito enfermeiros por cada 100 mil habitantes, enquanto em Portugal esse número não atinge os seis enfermeiros.
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Para o período de contingência da gripe foram contratados em todo o País mais 200 enfermeiros. Segundo a coordenadora do BE, um número ainda muito aquém do que seria desejável. "Só no Algarve faltam 350 enfermeiros", denuncia.
Neste projeto, o Bloco de Esquerda avança também com a proposta urgente da abertura dos concursos para médicos especialistas. "Temos médicos formados desde abril que ainda não tiveram colocação. Ou se abre concurso ou eles acabarão por emigrar ou ir para o setor privado da saúde", avisa Catarina Martins. A coordenadora do BE salienta que caso isso aconteça, será um desperdício o dinheiro que o país investiu na formação destes profissionais.
Na opinião do BE só com investimento nos recursos humanos é possível melhorar o Serviço Nacional de Saúde.