O governo diz que o modelo não funcionou e é preciso encontrar uma solução mais eficaz. A Fenprof reage com cautela, os dirigentes escolares elogiam a decisão.
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O Ministério da Educação confirmou à TSF que a polémica Bolsa de Contratação de Escolas (BCE) vai acabar.
Em comunicado, o gabinete do ministro Tiago Brandão Rodrigues considera que o atual modelo "claramente não funcionou".
O governo lembra que "a média de espera para contratação de um professor é de 21 dias", pelo que se torna "necessário encontrar um modelo mais eficaz".
A solução ainda não está definida e será encontrada "em sede negocial, de modo a, conforme o previsto no programa de governo, valorizar a função docente", refere o comunicado.
Entre a cautela e o elogio
Ouvido pela TSF, o dirigente da Fenprof, Mário Nogueira considerou que o ministério da Educação deu um sinal importante ao admitir que a BCE não era eficaz, mas o sindicalista mostra-se cauteloso e avisa que ainda há um período negocial pela frente
Para Mário Nogueira a alternativa à bolsa de contratação deveria ser a aplicação de um concurso único.
A decisão do governo mereceu elogios da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE). O presidente, Manuel Pereira defende que a Bolsa de Contratação não funciona devido ao excesso de burocracia.
O presidente da ANDE acrescenta ainda que a contratação de professores só pode funcionar se o ministério da Educação devolver a autonomia às escolas.