Investigação aguarda resposta de autoridades judiciárias estrangeiras.
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Mais de dois anos depois do início da investigação, o Ministério Público (MP) constituiu até agora oito arguidos no caso da compra de plasma por hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
A resposta enviada por fonte oficial da Procuradoria-Geral da República à TSF revela que o processo aguarda a resposta a duas cartas rogatórias, ou seja, um pedido de resposta ou ajuda a autoridades judiciárias estrangeiras.
O MP admite que estão em investigação "factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção ativa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais".
Apesar de se esperarem as respostas às cartas rogatórias, continuam a decorrer os trabalhos de análise do extenso volume documental apreendido bem como a inquirição de testemunhas.
A operação O Negativo já levou à detenção de Cunha Ribeiro, ex-presidente do INEM e da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, por suspeitas de corrupção nos negócios de compra do plasma sanguíneo.
Em junho foi ainda noticiado que tinham sido constituídos arguidos três médicos da especialidade de imunohemoterapia que tiveram responsabilidades nos concursos que deram à multinacional farmacêutica Octapharma o monopólio da venda de plasma aos hospitais públicos portugueses.