Sindicato dos Magistrados do Ministério Público rejeita críticas do secretário-geral da UCCLA. Em causa está a decisão do Ministério Público em divulgar a acusação ao vice-presidente de Angola.
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Os critérios políticos ficam de fora. É desta forma que o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público responde às criticas feitas pelo secretário-geral da UCCLA, União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa.
Ouvido na TSF, Vítor Ramalho, da UCCLA, considerou que o Ministério Público não foi prudente no momento que escolheu para divulgar a acusação ao vice-presidente angolano. Manuel Vicente, recorde-se, é um dos indiciados por suspeita de corrupção e branqueamento de capitais no âmbito do caso Fizz.
Vítor Ramalho disse estranhar a altura escolhida pelo Ministério Público Português para divulgar a acusação.
O dirigente considerou que é do interesse dos dois estados que as relações entre Portugal e Angola voltem à normalidade, mas admitiu que será preferível adiar a visita do primeiro-ministro António Costa a Angola.
Ouvido pela TSF, o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, António Ventinhas, rejeitou as críticas proferidas por Vítor Ramalho e garantiu que as investigações não estão subordinadas a critérios públicos.
António Ventinhas lembra ainda que o Ministério Público não guarda processos na gaveta quando termina a investigação e defende que deve ser o Ministério Público a definir a oportunidade da dedução de qualquer acusação.