Investigação fala em eventuais ligações entre circuitos financeiros e os grupos PT e Espírito Santo.
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A Procuradoria-Geral da República fez buscas em escritórios do grupo Portugal Telecom por causa do processo conhecido como "Operação Marquês". As buscas foram feitas ontem, quarta-feira, mas só esta quinta-feira foram confirmadas em comunicado.
Além da PT, foram também visitadas e recolhidas provas em casas de antigos gestores da empresa, bem como num escritório de advogados.
O Ministério Público não adianta nomes, mas o Expresso e a SIC dizem que foram feitas buscas nas casas de Zeinal Bava e Henrique Granadeiro.
A PGR acrescenta que em causa estão eventuais ligações entre circuitos financeiros investigados neste caso e os grupos PT e Espírito Santo.
A instituição que lidera o Ministério Público recorda que este processo está a ser conduzido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e estão a ser investigados factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
A investigação dura há quase três anos e tem como principal foco o antigo primeiro-ministro, José Sócrates, e o seu amigo Carlos Santos Silva.
Entretanto, a PT Portugal já confirmou que "decorreram diligências por parte das autoridades judiciais nas suas instalações em Lisboa, relativamente a processos inteiramente ligados à gestão anterior e que em nada afetam a gestão corrente da PT Portugal".