A Liga dos Bombeiros aceita aceita uma coordenação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, mas não um comando.
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A nova lei orgânica da Autoridade Nacional da Proteção Civil está melhor para os bombeiros, mas ainda não o suficiente. Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros, continua a reivindicar um comando nacional para os bombeiros e recusa a organização dos bombeiros baseada nas NUTs III, justificando que mais nenhuma força de segurança está assim organizada.
Quanto à possível existência de quem queira afastá-lo da presidência da direção da Liga, Marta Soares refere que não passam de "fantasmas".
Não é a lei dos bombeiros é apenas a lei possível. Já esteve pior. Os bombeiros vão aceitá-la, mas de contra vontade, garante Jaime Marta Soares, presidente da Liga de Bombeiros, que continua a sublinhar a vontade de ter um comando nacional próprio.
A Liga aceita uma coordenação da Autoridade Nacional de Proteção Civil, mas não um comando e dá o exemplo daquilo que se faz noutros países da Europa e do mundo.
Outro aspeto que a Liga de Bombeiros também não aceita é a organização dos bombeiros no território como o governo pretende. "A GNR está a nível do distrito, o INEM. Se os outros estão assim porque é que os bombeiros têm de ser espartilhados. Só por cima do nosso cadáver é que eles nos vão obrigar a sermos integrados neste sistema de centralização", afirma.
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Quanto à possibilidade de internamente haver quem queira a saída de Marta Soares da Liga dos Bombeiros, o presidente diz que não passa de "fantasmas". Mas mesmo tratando-se de fantasmas, Marta Soares quer saber a origem. "Hei de saber a soldo de quem e o porquê de mentiras escabrosas de que a Liga está a ser investigada, sobre coisas que a Liga não tem nada a ver com isso", diz.
Na posição dos bombeiros na Autoridade Nacional de Proteção Civil, Jaime Marta Soares refere que continuam a ser o parente pobre e que as medidas colocadas nas prática pelos governos não correspondem ao que valor que atribuem aos bombeiros nos discursos.
Sobre a investigação à possível utilização de fundos de proteção social dos Bombeiros. Marta Soares confirma a utilização de 200 mil euros para a construção do edifício sede da Liga, mas explica que apenas serviu de garantia à obtenção do empréstimo.