Empresa desmente declarações do autarca Luís Pereira à TSF sobre poluição causada pela produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis. Num comunicado enviado à TSF, a Centroliva rejeita as acusações e garante que tem cumprido as obrigações legais sobre o controlo das emissões atmosféricas.
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A Centroliva acusa a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão (CMVVR) de faltar à verdade, depois de o autarca Luís Pereira ter denunciado na TSF a poluição causada pela produção de energia elétrica a partir de fontes renováveis.
O presidente da autarquia queixava-se das emissões atmosféricas e acusava a Centroliva de não fazer o autocontrolo das emissões desde 2011. Em declarações à TSF, Luís Pereira revelou ainda que vai avançar com uma ação judicial para encerrar compulsivamente a unidade industrial, acusada pelo Ministério Público em 2018 de várias descargas ilegais em afluentes do Tejo.
Num comunicado enviado à TSF, a Centroliva rejeita as acusações e garante que tem cumprido todas as obrigações legais sobre o controlo das emissões atmosféricas.
"No seu estabelecimento, a Centroliva produz energia elétrica a partir de fontes renováveis (biomassa), sendo uma das poucas entidades que, em Portugal, procede à valorização energética de um resíduo (bagaço de azeitona) resultante da produção de azeite, atividade muito importante na economia de diversas regiões do País. A Centroliva desenvolve, assim, uma atividade favorável ao ambiente no cumprimento da legislação em vigor, nomeadamente no que respeita ao controlo das emissões atmosféricas. Nos últimos três anos, a Centroliva realizou investimentos muito significativos com vista à modernização da sua unidade, investimentos que serão reforçados ainda no ano em curso", pode ler-se no documento.
A empresa com sede em Vila Velha de Ródão diz ainda que "aguarda com tranquilidade as medidas que a CMVVR decida adotar e acatará, como sempre o fez, as decisões que os Tribunais vierem a proferir."
Em abril do ano passado, a Agência Portuguesa do Ambiente encerrou parte da fábrica devido a descargas ilegais e em outubro o Ministério Público acusou a Centroliva de um crime de poluição e duas contraordenações ambientais muito graves.
No processo liderado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Castelo Branco, e que ainda decorre, foram constituídos três arguidos: a Centroliva - Industria e Energia, SA, Alcides Branco de Carvalho, presidente da empresa, e Nuno Branco, seu filho e vice-presidente da unidade industrial.
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