"Isto é um flagelo." Chefes dos guardas prisionais querem inibidores de sinais nas cadeias
Todos os anos são apreendidos milhares de telemóveis e são vários os métodos utilizados para colocá-los no interior das cadeias: "por funcionários, por prestadores de serviços, podem ser arremessados do exterior".
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O presidente da Associação Sindical De Chefias Do Corpo Da Guarda Prisional, Mateus Dias, afirma que os telemóveis são um flagelo nos estabelecimentos prisionais e reitera a importância de existirem nas cadeias inibidores de sinais que impossibilitem o uso dos aparelhos.
"Nós sempre pressionámos a tutela para que sejam adquiridos inibidores de sinais como uma medida tecnológica para combater as comunicações no interior das zonas prisionais, mas sem sucesso. Isto é um flagelo que nos preocupa muito."
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Todos os anos são apreendidos milhares de telemóveis e são vários os métodos utilizados para colocá-los no interior das cadeias: "por funcionários, por prestadores de serviços, podem ser arremessados do exterior".
"Lamentavelmente, são apreendidos anualmente milhares de telemóveis e cada vez mais a nossa missão está dificultada, porque com a entrada em vigor do novo horário de trabalho nós temos cada vez menos guardas a trabalhar no dia-a-dia e o número de buscas que nós devíamos fazer está a ser reduzido."
Mateus Dias conta que a associação já propôs a instalação de inibidores de sinal destro das prisões, mas até agora nada foi feito para resolver este problema que este domingo ficou à vista com as imagens de telemóvel transmitidas em direto na internet durante uma festa não autorizada na ala A da cadeia de Paços de Ferreira .
"O ministério da Justiça não valoriza. Não sei se é por falta de verbas, mas o que é certo é que não valoriza esta situação."