Neste dia a intenção é celebrar a aceitação do corpo tal como ele é, chamando a atenção para os perigos das dietas rigorosas e do modelo de corpo perfeito imposto pela sociedade.
Corpo do artigo
Os modelos de beleza incutidos pela sociedade e a sua própria personalidade que a levava sempre a procurar a perfeição levaram Maria até uma anorexia nervosa." Tudo começou num verão. Estamos na praia e começamos a olhar em volta", conta. E embora tivesse o peso ideal para a sua altura não gostava do que via ao espelho.
Na altura tinha 15 anos, hoje já completou 30 e tudo foi ultrapassado.
TSF\audio\2019\05\noticias\06\maria_augusta_casaca_dia_sem_dieta_testemunho_anorexia
No ponto pior da doença os pais tiveram que a arrastar para o médico. Foi acompanhada por uma equipa multidisciplinar no Hospital Santa Maria. Chegou a pesar 32 quilos. Nessa época a psiquiatra que a acompanhava fez-lhe um ultimato: ou engordava meio quilo em duas semanas ou era internada". Foi a única forma de perceber que alguma coisa estava mal e que tinha de mudar", recorda.
O tratamento não foi fácil. Durante muito tempo os pais, as pessoas mais próximas, tinham que a vigiar constantemente e forçá-la a comer. "Tiveram que ser meus polícias porque a tendência é fingir que se come, guardar no guardanapo, deitar para o lixo, é mentir a toda a hora", explica.
Durante 10 anos foi vigiada regularmente no Hospital de Santa Maria.
Mas a doença deixou mazelas e a jovem perdeu massa óssea, que tenta hoje recuperar com exercício.
A quem passa pela mesma patologia, na busca de um ideal de corpo que só existe nas revistas, Maria diz que é necessário fazer duas coisas: "Não recusar a ajuda e não mentir às pessoas que estão à volta". Um conselho para que esta doença não progrida e não deixe sequelas para a vida.