Estamos no fim do primeiro período de aulas, mas as candidaturas às bolsas para apoiar quem estuda no interior só fecharam na semana passada.
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Quase cinco mil estudantes candidataram-se às 1320 bolsas para apoiar estudantes carenciados do ensino superior que vão para universidades ou politécnicos do interior do país.
A Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico queixa-se de um atraso que está a levantar muitas dificuldades económicas a quem contava receber este dinheiro mas que à beira do Natal ainda nem sabe se vai ter bolsa.
O presidente, João Cardoso, recorda que este programa foi lançado em 2014 e pretendia levar estudantes para regiões que têm perdido população. Contudo, com tantos atrasos, a medida, apesar de boa, tem perdido eficácia.
Os alunos que forem selecionados para receber estas bolsas do Programa +Superior vão receber 1500 euros repartidos em prestações mensais.
Contactado pela TSF, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior defende que o curto período de candidatura, criticado pelos estudantes (apenas cinco dias úteis no início de dezembro) foi adequado pois a candidatura era muito simples e não obrigava, por exemplo, à apresentação de qualquer documento.
Ao todo, foram entregues 4902 candidaturas, a maioria do Norte (2060), Centro (1536) e Alentejo (913). Seguem-se o Algarve (298), Madeira (66) e Açores (29).
O ministério prevê que o pagamento da primeira prestação (com retroativos) aconteça algures em janeiro de 2017. Este ano o número de vagas disponíveis para estas bolsas, 1320, aumentou 29%.