A cardiologista pediátrica Mónica Rebelo afirma que há situações em que a morte súbita acontece sem que nunca tenha sido conhecida a causa, mas revela os cuidados que podem ajudar na prevenção.
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"As crianças devem ser acompanhadas regularmente pelo médico assistente e deve haver histórias clínicas bem feitas", afirma a cardiologista pediátrica Mónica Rebelo, que reforça a importância dos médicos conhecerem a história familiar. "Há muitos pais que se esquecem de lembrar que houve um avô ou um tio que morreu de repente, sem causa aparente."
Mónica Rebelo explica que muitas das doenças que podem provocar morte súbita têm carga hereditária, com alteração genética associada. "Se tivermos a história familiar bem colhida, por exemplo, num atleta, há exames específicos que se podem fazer para saber se esse atleta está ou não em risco."
A cardiologista recomenda, por isso, exames complementares no caso de existir uma carga hereditária ou alguns sintomas na criança, como a síncope (perdas de consciência súbitas, vulgarmente conehcidas como desmaios). Normalmente, para a prática de exercício físico apenas são exigidos exames objectivos normais, mas, em caso de suspeita, sublinha Mónica Rebelo, devem pedir-se mais exames. "Há muitas situações em que existe morte súbita e que nunca conseguimos saber qual foi a causa."
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