O Ministério da Saúde abriu mais vagas para novos médicos para tentar captar clínicos que estejam no privado ou no estrangeiro.
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A abertura de concurso para contratar médicos recém-especialistas foi uma das mais céleres dos últimos tempos. De acordo com o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, "este é o segundo concurso mais célere do SNS - o mais célere foi em 2016".
Em conferência de imprensa esta quarta-feira, o Secretario de Estado respondeu à apreensão das estruturas representativas dos médicos que lamentavam a abertura tardia do concurso para contratar médicos que terminaram a especialidade nas áreas hospitalar, medicina geral e familiar e de saúde pública para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Fernando Araújo assegurou que "o concurso não está atrasado" e recordou que os concursos no passado acabavam no final do ano em que decorriam, acrescentando que "se tudo correr conforme planeado, no final de setembro estaremos a colocar especialistas nos locais onde são precisos".
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Em declarações sobre os despachos publicados esta quarta-feira com a abertura de concurso para novos médicos, o Secretário de Estado da Saúde lembrou também que se trata da "maior abertura dos últimos anos" em termos de vagas, representando um aumento de cerca de 20% relativamente a 2016 e 40% em relação a 2017.
A Federação Nacional dos Médicos, o Sindicato Independente dos Médicos e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar consideraram a abertura deste concurso uma medida positiva embora insuficiente, porque a falta de médicos de família persiste.
Fernando Araújo lembra que o número de vagas é superior ao número de candidatos, com objetivo de cativar clínicos que estejam no estrangeiro ou no privado. "O número de vagas que vamos abrir é cerca de 10 a 15% acima do número de médicos que terminaram o internato. Queremos acima de tudo é tentar captar médicos que estão fora do SNS de modo trazê-los de volta porque precisamos deles seguramente".
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De acordo com dados do Governo, existem 700 mil utentes sem médicos de família em Portugal. As vagas lançadas esta quarta-feira devem cobrir cerca de meio milhão de utentes. O objetivo do ministério é atribuir um médico de família a todos os utentes do SNS até ao final do próximo ano.