Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados quer fuga de detidos esclarecida
O Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados pediu hoje esclarecimentos urgentes sobre a fuga de três suspeitos do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, entretanto capturados, defendendo ser necessário um "apuramento integral de responsabilidades".
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O Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados (CRL-OA) pediu esta sexta-feira esclarecimentos urgentes sobre a fuga de três suspeitos do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, entretanto capturados.
Em declarações à TSF, o presidente do Conselhor, António Jaime Martins, sublinha que houve uma falha de segurança "grosseira" e explica que os advogados querem " a identificação das falhas que permitiram a ocorrência desta fuga", conhecer as "medidas adotadas para o apuramento integral das responsabilidades" e quais são "as medidas a adotar em situações similares que possam ocorrer ou que permitam evitar que se voltem a repetir".
"A situação tem que ser averiguada, depois é preciso percebermos todos o que terá corrido mal e de seguida é preciso adoptarmos as medidas necessárias para que, no futuro, não se volte a repetir", defende António Jaime Martins.
O Presidente da CRL-OA sublinha a gravidade desta situação e diz que se a explicação for falta de pessoal pode ser criada uma "situação de alarme social desnecessária".
"Se se verificar que se trata de uma situação de falta de alocação de recursos humanos, designadamente de agentes da PSP para garantirem a segurança dos magistrados e dos funcionários judiciais", bem como "dos cidadãos e do público em geral", António Jaime Martins alerta que se pode estar perante uma situação "inadmissível num estado de direito democrático".
Os três suspeitos de dezenas de furtos a idosos no Grande Porto fugiram do TIC na quinta-feira à tarde, depois de um juiz de instrução lhes decretar prisão preventiva.
Os homens foram detidos esta sexta-feira, pelas 17h30, num parque de campismo em Gondomar, tendo na sua posse 40 mil euros em notas de 500 euros, adiantou Alexandre Coimbra, diretor de relações públicas da PSP.
A PSP e o MAI vão abrir um inquérito à divulgação de fotos do momento da detenção.