A Ordem dos Médicos quer avaliar as consequências que poderá trazer o corte de 35% na contratação de pessoal externo para os hospitais.
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Foram convocados todos os diretores clínicos dos hospitais a sul de Santarém para uma reunião na próxima quarta-feira.
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Alexandre Valentim Lourenço, presidente do Conselho regional sul da Ordem dos Médicos (OM) diz que é preciso perceber o que poderá trazer esta lei." O que nós sabemos é que todos os hospitais da zona sul estão com grandes dificuldades em contratar médicos", e esta determinação de cortes de 35% nos tarefeiros ainda trará mais problemas.
O médico dá o exemplo do hospital de Santa Maria, onde trabalha, que até não será uma das unidades mais afetadas. "Durante os meses de julho, agosto e setembro deixarei de ter anestesista no bloco operatório e ele irá fechar", o que não aconteceria se fossem contratados mais médicos.
Mesmo depois de ter saído um despacho dizendo que o corte de 35% na contratação será em todo o serviço Nacional de Saúde e não em cada hospital, a Ordem dos Médicos quer mais explicações. "É uma portaria tranquilizadora e não clarificadora", diz Alexandre Lourenço. Segundo o presidente do Conselho regional Sul da OM, o Ministério da Saúde pretende tranquilizar os hospitais mas não está a clarificar quais os hospitais deficitários em recursos humanos e que podem continuar a contratar.
A OM diz-se preocupada com estes cortes de 35% na contratação de tarefeiros e teme que eles ponham em causa a qualidade dos serviços.