Os serviços secretos de Espanha têm intercetado cada vez mais mensagens a apelar a ataques, enviadas pelos espanhóis que se juntaram ao Daesh na Síria e no Iraque.
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"Ataquem, ataquem, ataquem". É uma das mensagens mais repetidas pelos combatentes espanhóis que se juntaram ao Daesh. Nessas mensagens enviadas a familiares e amigos, os jovens mostram-se cada vez mais radicalizados e apelam a ataques.
Nas missivas recebidas em Espanha, estes combatentes perguntam a amigos e familiares o que mais é preciso acontecer para desencadearem atentados na Península Ibérica.
A informação é avançada pelo El Mundo, que explica que quando perguntam o que mais é preciso acontecer os combatentes estão a referir-se aos muçulmanos detidos até agora e suspeitos de pertencerem ao Daesh.
Fontes contactadas pelo jornal dizem que é provável que elementos mais radicalizados que ficaram em Espanha sejam suscetíveis a estes argumentos.
Até agora, as autoridades espanholas têm conseguido travar eventuais planos, mas temem que um lobo solitário possa levar a cabo um atentado. Segundo as contas dos serviços secretos espanhóis, há cerca de 200 cidadãos do país que já se juntaram ao Daesh.
Ao incentivarem ataques no velho continente e nomeadamente na Península Ibérica, os terroristas querem que as autoridades europeias se centrem mais na segurança em casa, deixando um pouco para trás os ataques contra os extremistas na Síria e no Iraque.
Nas mensagens intercetadas é dito que a prioridade do Daesh é a consolidação do território do califado e para isso precisam que o terrorismo continue a ser uma ameaça muito real para a Europa.
A propaganda jihadista aponta a França, Rússia e Alemanha como principais alvos.