De saída do DCIAP, magistrados alertam para a dificuldade de substituir Amadeu Guerra
Presidente do sindicato destaca o trabalho "meritório" que Amadeu Guerra desenvolveu no DCIAP.
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A saída de Amadeu Guerra do Departamento Central de Investigação e Ação Penal deixa preocupado o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público.
Em declarações à TSF, o presidente do sindicato, António Ventinhas, explica que o trabalho de Amadeu Guerra foi muito meritório e que não será fácil encontrar um substituto.
"Deixa-me preocupado porque é necessário encontrar, praticamente de um dia para o outro, uma solução para o DCIAP, que é o principal departamento de investigação da criminalidade económico-financeira em Portugal. Atentando no trabalho muito meritório efetuado por Amadeu Guerra, encontrar com pouco tempo uma pessoa que o substitua e que consiga fazer um trabalho com o mesmo dinamismo não deixa de nos preocupar", explicou.
António Ventinhas alerta que, se não for encontrado um substituto à altura, pode vir a existir uma travagem no combate à corrupção.
"Houve uma grande transformação com a ida do Dr. Amadeu Guerra para o DCIAP, ganhou um novo dinamismo. Agora com a sua saída, se não houver uma pessoa que consiga imprimir a mesma dinâmica, que consiga motivar os colegas e que tenha o mesmo espírito de liderança, os resultados poderão ser piores do que os que foram alcançados até agora, representando um retrocesso na dinâmica criada no Ministério Público", alertou o presidente do sindicato.
O mandato de Amadeu Guerra À frente do DCIAP terminava em março de 2019, mas o seu fim foi antecipado. Foi escolhido pelo Conselho Superior do Ministério Público para substituir Maria José Morgado à frente da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa.