
The galaxy named NGC 1052-DF2, a large fuzzy-looking galaxy so diffused that astronomers call it a 'see-through' galaxy because its missing most, if not all of its dark matter, is shown in this photo obtained from NASA on March 28, 2018. NASA, ESA, and P. van Dokkum (Yale University)/Handout via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY - RC1277298730
REUTERS
Asteróide 2004 EW95 foi descoberto para lá da órbita de Neptuno.
Corpo do artigo
Uma equipa internacional de astrónomos descobriu pela primeira vez um asteroide rico em carbono, um dos elementos essenciais da vida, na Cintura de Kuiper, para lá da órbita de Neptuno, divulgou esta quarta-feira o Observatório Europeu do Sul (OES).
Segundo o OES, organização astronómica da qual Portugal faz parte, o asteroide 2004 EW95 "formou-se muito provavelmente" na cintura situada entre Marte e Júpiter e "depois foi lançado a milhares de milhões de quilómetros de distância", fixando-se na Cintura de Kuiper.
A descoberta sustenta a tese de que a Cintura de Kuiper, uma região fria, "deverá conter uma pequena fração de corpos rochosos originários do Sistema Solar interno [zona mais perto do Sol], tais como asteróides ricos em carbono".
A teoria sobre os primórdios do Sistema Solar refere que, depois de se terem formado, os gigantes gasosos - Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno - ejetaram pequenos corpos rochosos das regiões internas para órbitas mais externas, mais afastadas do Sol.
A equipa de astrónomos, liderada por Tom Seccull, da Queen's University Belfast, no Reino Unido, determinou a composição do asteroide medindo "o padrão de luz" refletido no corpo rochoso através de espectrógrafos do Telescópio Muito Grande (Very Large Telescope, VLT) do OES.
O trabalho revelou-se um grande desafio para os cientistas, uma vez que o 2004 EW95 dista da Terra quatro mil milhões de quilómetros.