A diretora-geral da Saúde defende que não se pode generalizar a situação no SNS, mas o bastonário da Ordem dos Médicos diz que o problema é geral e considera que a Saúde está refém das Finanças.
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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admite alguns problemas na resposta dos serviços de Saúde às doenças de inverno e aos casos de gripe, em particular. Mas, ouvida no Fórum TSF, Graça Freitas pediu que não sejam feitas generalizações, uma vez que a resposta prestada pelos serviços de Saúde está a ser, maioritariamente, de qualidade.
"[Os casos mais graves] acontecem pontualmente e em algumas unidades de saúde. O que nós não podemos fazer é uma generalização ou uma extrapolação", afirmou a diretora-geral.
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Graça Freitas assegura que a taxa de ocupação das camas que foram disponibilizadas a mais pelos hospitais está ainda longe de ser preenchida. De acordo com a diretora-geral da Saúde, das mais de 1200 camas acrescentadas, só 63% estão ocupadas e há 500 outras camas para ser disponibilizadas, em caso de necessidade.
Declarações que vão contra aquilo que diz o bastonário da Ordem dos Médicos. No Fórum TSF, Miguel Guimarães classificou a situação nos hospitais como caótica, acrescentando que é genérica.
O bastonário dos médicos culpa o Ministério da Saúde por ter abdicado das suas funções e permitir que as decisões a tomar estejam nas mãos do Ministério das Finanças.
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"O Estado não está interessado em investir", declarou Miguel Guimarães, na TSF. "Naquilo que diz diretamente direito às pessoas (...), as coisas não estão melhores, bem pelo contrário".