Uma médica e um enfermeiro deslocam-se a cada 15 dias a sítios isolados da freguesia de S. Marcos da Serra. A ideia é acompanhar doentes diabéticos e prevenir o avanço da doença.
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A equipa chega de manhã à freguesia de S. Marcos da Serra. António já esperava a visita da médica e do enfermeiro que vêm fazer a consulta da diabetes.
A médica quer saber o que o paciente está a tomar mas recebe a resposta de que o "medicamento é muito caro".
Para a população, humilde e isolada da Serra de Silves, não é fácil ter acesso a médicos
Na consulta, o enfermeiro avalia o estado de saúde do paciente. Mede-lhe a tensão, faz testes de sensibilidade e vê se tem feridas nos pés e pernas, consequência da diabetes.
Mais à frente, noutro local da freguesia de S. Marcos da Serra, Helena Costa, de 88 anos, já estava à porta a aguardar a visita da equipa.
Tudo tem que ser explicado a quem não sabe ler.
O enfermeiro Luís Santos quer saber o que a doente toma diariamente e pede para picar o dedo de modo a tirar umas gotas de sangue. "Pode picar à vontade", diz a paciente.
A equipa quer saber também que cuidados tem Helena com a alimentação. "Hoje ainda não comi nada", admite. "E qual foi a última refeição?", quis saber o enfermeiro. "Cozi ontem uma couve. Soube-me bem".
Comida simples, numa casa humilde.