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O Ministério da Educação admite "a existência de problemas". Mas garante que não afetam "sites de trabalho" e defende que a lentidão é muitas vezes explicada com acessos a jogos e redes sociais.
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O problema é antigo e tem-se agravado. O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) diz que não lhe explicaram as razões, mas constata que a Internet está muitas vezes lenta ou mesmo inacessível. Manuel Pereira adianta que "isto é recorrente. Todas as escolas, genericamente a nível nacional, têm tido gravíssimos problemas. Ou a net está muito lenta ou simplesmente não funciona".
Numa resposta escrita enviada à TSF, o Ministério da Educação admite a "existência de problemas" no acesso a internet. Mas acrescenta que isso "não afeta o acesso a sites de trabalho".
Já Filinto Lima da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), conta que, por vezes, as aulas são perturbadas, "volta e meia um professor está a dar uma aula expositiva recorrendo à Internet e o sistema (porque é instável e porque é lento), não permite dar a aula de forma adequada. Era bom que o Ministério da Educação se preocupasse em resolver este tipo de situações".
Segundo o Ministério, a lentidão da internet é, em muitos casos, originada por uso inadequado. "Há um elevado número de acessos a sites de jogos, a redes sociais e descarregamento de aplicações". Filinto Lima não questiona esta explicação. Admite, "embora não seja técnico, que a possibilidade de os alunos terem acesso por wireless à rede da escola" torne o serviço "mais lento do que aquilo que desejaríamos".
O presidente da ANDAEP conta que, no último ano, o acesso a uma rede social foi bloqueado durante algum tempo pelo Ministério e considera que essa pode ser uma boa resposta, caso se demonstre que a lentidão da Internet é mesmo originada por uma utilização inadequada dessa ferramenta.