A falta de funcionários levou várias escolas por todo o país a fechar portas, alegando falta de condições e risco de segurança para os alunos.
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Os diretores já podem contratar os 300 funcionários em falta nas escolas, segundo um despacho publicado na quinta-feira em Diário da República que veio autorizar a contratação de assistentes operacionais.
O diploma, assinado pela Diretora Geral da Administração Escolar, autoriza a delegação de poderes para que os diretores escolares possam contratar funcionários a termo resolutivo.
A carência de funcionários levou a que várias escolas do país tivessem decidido encerrar as suas portas alegando falta de condições e até risco de segurança para os seus alunos.
Na semana passada, o Ministério da Educação veio então autorizar a contratação de 300 novos funcionários para as escolas para dar resposta a "necessidades urgentes" que tinham sido identificadas e mapeadas pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares.
"O Ministério da Educação avança com o primeiro reforço de assistentes operacionais nas escolas. O processo de contratação de 300 destes trabalhadores não docentes já está desbloqueado e vai responder a uma parte substancial das questões sinalizadas pelas escolas", adiantou o ministério em comunicado datado de 11 de outubro.
Segundo o levantamento feito por vários sindicatos que representam os funcionários das escolas, no início do ano faltavam de cerca de seis mil trabalhadores nos estabelecimentos de ensino.
Ouvido pela TSF, Filinto Lima diz ser uma boa notícia, mas que é apenas uma gota no oceano, já que se tratam de "muito mais de 300 funcionários". O Presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas considerou ainda a medida "tímida" e pediu mais força ao Governo.