Distribuidores pedem revisão "urgente" da lista de medicamentos não sujeitos a receita médica
Sem querer revelar quais os medicamentos que quer ver a serem distribuídos, o diretor da APED garante que os mesmos são "interessantes para o bem-estar das pessoas".
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É urgente, considera a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), rever a lista de medicamentos não sujeitos a receita médica que podem ser vendidos em espaços de distribuição.
Num apelo ao Governo e ao Infarmed, a APED considera, na voz do seu diretor-geral Gonçalo Lobo Xavier, que um alargamento traria benefícios não apenas para o mercado mas, sobretudo, para o consumidor.
"Há espaço para ser alargada esta lista, com benefício para o consumidor e para o mercado. Basicamente, são estas as nossas intenções", explica o dirigente da APED, ressalvando que tudo isto deverá ser feito "dentro das regras de seguranças e dos critérios fundamentais para a saúde dos cidadãos".
Ouvido pela TSF, Gonçalo Lobo Xavier não quis adiantar, para já, quais os fármacos que poderiam ser incluídos nessa lista, mas reforçou que as questões de segurança e saúde pública estão salvaguardadas.
"Temos um conjunto de propostas que não gostaríamos de divulgar nesta fase, porque entendemos que isso são assuntos a ser tratados com as autoridades competentes", explicou o diretor-geral da APED, preferindo revelar apenas que estes são medicamentos "interessantes para o bem-estar das pessoas".
Um estudo da DECO realça que os hipermercados vendem os medicamentos sem receita médica em média 9% mais baratos do que nas farmácias.
A TSF já contactou Ministério da Saúde e Infarmed para saber se estão receptivos a esta ideia mas não obteve, até ao momento, qualquer reacção.