Todos os anos de escolaridade tiveram uma redução nas taxas de reprovação no ano letivo 2014/2015. Antigo ministro que estava na altura em funções recorda, à TSF, a importância dos exames nacionais.
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As taxas de reprovação tiveram uma descida generalizada no ano letivo 2014/2015. Os dados demoraram algum tempo a serem divulgados e só agora foram publicados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência do Ministério da Educação. Os números apontam mesmo para mínimos históricos em vários anos de diferentes ciclos de estudos.
No final do ensino básico, ou seja, no 9º ano, a taxa de retenção chegou aos 10,6%. Uma descida de quase 5 pontos percentuais em relação ao ano letivo anterior (15,1%) ou ainda mais se compararmos com dois anos antes, 2012/2013, quando essa taxa chegava aos 17,8%.
No 4º ano, a taxa de chumbos chegou mesmo a um mínimo histórico de 2,2%, quando em 2013/2014 ultrapassava os 3,3% e em 2011/2012 tocava nos 4,6%.
Mais à frente, no 12º ano, os chumbos também desceram muito: de 35% em 2013/2014 (valor próximo ao que se verificava em anos letivos anteriores), para 30,3% em 2014/2015.
Em geral, do 1º ano ao 12º ano, todos os anos da escolaridade obrigatória avaliados nestas estatísticas oficiais da educação registam melhorias. E em vários anos os números de reprovações em 2014/2015 foram mesmo os mais baixos de sempre.
Nuno Crato recorda exigência e exames nacionais
Na reação a estes números, o antigo ministro que em 2014/2015 estava à frente do Ministério da Educação, Nuno Crato, recorda as várias mudanças implementadas pelo anterior executivo, sobretudo a exigência e os novos exames nacionais.
Nesta análise aos resultados escolares, o antigo ministro destaca ainda mais os resultados alcançados no ensino secundário, numa altura em que era mais difícil melhorar as taxas de reprovação, pois foi quando se aumentou a escolaridade obrigatória do 9º para o 12º ano.
O novo governo acabou entretanto com os exames no 4º e 6º ano criados pelo governo PSD/CDS, preferindo avançar com mais provas de aferição que não contam para a avaliação dos alunos.
O antigo ministro, que se tem mantido em silêncio desde que abandonou o executivo, não esconde que está contra, mas não vai muito mais longe preferindo destacar as vantagens dos exames.