Elevou-se para quatro o número de pessoas comprovadamente infetadas pela bactéria legionela no concelho da Maia, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS) em comunicado.
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Num comunicado anterior a DGS dava conta de um novo caso da "doença dos legionários" no conselho da Maia mas a mesma entidade diz agora que foi notificado outro caso, acrescentando que se admite "a possibilidade de exposição ocupacional, uma vez que ambos são trabalhadores da mesma unidade fabril".
Os dois casos estão internados (um no Centro Hospitalar de São João e outro no Centro Hospitalar do Porto -- Hospital de Santo António) e ambos estão "em estado clínico considerado estável".
As duas pessoas, diz-se no comunicado, poderão ter contraído a infeção antes da conclusão dos trabalhos de descontaminação das torres de arrefecimento da empresa em causa.
A DGS lembra no documento que as torres de arrefecimento da fábrica estão tratadas e sem contaminação, e diz que se mantém "o nível de alerta para a população em geral".
Num comunicado anterior a DGS já tinha dito que a população residente no concelho da Maia não precisa de tomar cuidados adicionais.
O anúncio surge numa altura em que continuam os trabalhos de investigação epidemiológica e poucas horas depois do Ministério do Ambiente ter garantido que não há bactéria legionela em empresa da Maia.
O Mistério do Ambiente revelou que as análises realizadas pela Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território revelaram inexistência da bactéria legionella pneumophila na empresa Sakthi.
Em comunicado o gabinete liderado por Matos Fernandes refere que foi realizada no local uma inspeção extraordinária na última segunda-feira, tendo sido recolhidas amostras de água das torres de refrigeração e do tanque de arrefecimento e que os resultados analíticos conhecidos hoje "revelaram a ausência de Legionella pneumophila em todas as amostras recolhidas".
"[Confirma-se] que a empresa se encontra a dar cumprimento ao plano de manutenção das instalações. Não se verifica, assim, qualquer risco decorrente destas, e, por essa razão, não se justifica a adoção de quaisquer medidas subsequentes", lê-se na nota do Ministério do Ambiente.