Lista de arguidos inclui responsáveis da Proteção Civil e autarcas.
Corpo do artigo
O Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria acusa doze arguidos no âmbito do inquérito aos incêndios de junho de 2017 nos concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Alvaiázere e Ansião.
Segundo um comunicado do DIAP de Leiria, os arguidos foram "acusados dos crimes de homicídio por negligência e de ofensa à integridade física por negligência, sendo alguns destes de ofensa à integridade física grave".
À época, três dos arguidos estavam investidos em funções de comando e coordenação no âmbito da Proteção Civil; três eram funcionários superiores da empresa responsável pela manutenção da EN 236-1, a chamada "estrada da morte"; dois eram quadros superiores de uma empresa de fornecimento de energia elétrica; três eram autarcas de municípios onde ocorreram vítimas e um era funcionário de um desses municípios.
Ao que a TSF apurou, entre os acusados estão os dois principais comandantes à época do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Leiria. O primeiro comandante, Sérgio Gomes, mas também o segundo, Mário Cerol. Ainda nem todos os arguidos receberam a acusação do Ministério Publico.
"Não obstante a sua enorme complexidade, foi possível concluir a investigação em pouco mais de um ano", destaca-se nesta nota.
Em declarações à TSF, o presidente do Sindicato dos magistrados do Ministério Público, destaca que este é exemplo de que é possível concluir num tempo adequado este tipo de processos.
TSF\audio\2018\09\noticias\27\antonio_ventinhas_1_14h
Os incêndios de 17 de julho de 2017 provocaram mais de 60 mortos e mais de 40 feridos, tendo ainda destruído mais de 24 mil hectares de mato e floresta e inúmeros imóveis.
[Notícia atualizada às 14h10]