"É desconfortável para portugueses que esteja em causa antigo primeiro-ministro"
O líder parlamentar do PS, Carlos César disse esta quarta-feira, nos "Almoços Grátis" da TSF, que é desconfortável para Portugal que a inocência de José Sócrates esteja em causa"
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Carlos César defendeu esta quarta-feira, na TSF, que "a generalidade dos portugueses" gostaria que o processo de investigação da Operação Marquês, tivesse decorrido com maior rapidez.
O líder parlamentar do Partido Socialista (PS) considera que os portuguesas ficam desconfortáveis com as suspeitas de culpabilidade do antigo primeiro-ministro nos 31 casos de corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, de que foi acusado esta quarta-feira, pelo Ministério Público.
"O que estimamos é que a verdade tenha uma demonstração plena", afirmou o líder parlamentar socialista.
Carlos César defendeu ainda que o atual governo PS não será afetado pela acusação ao antigo primeiro-ministro socialista.
"Não me aparece que haja a mínima relação entre uma coisa e outra", atirou Carlos César. "Uma coisa é o eventual comportamento delituoso de alguém que é membro de um partido, outra coisa é um partido. O pior que pode acontecer são as generalizações", afirmou.
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Numa nota enviada esta quarta-feira à comunicação social, a Procuradoria-Geral da República indica que José Sócrates é acusado de três crimes de corrupção passiva titular de cargo político, 16 crimes de branqueamento de capitais, nove crimes de falsificação de documentos e outros três crimes de fraude fiscal qualificada.
Os crimes pelos quais o antigo primeiro-ministro é agora acusado tiveram lugar entre 2006 e 2015.