O ministro da Saúde admite que o processo de levantamento dos corpos não correu bem, mas salienta a importância de perceber o que originou estas mortes.
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O ministro da Saúde reconhece que causou perturbação a forma como os corpos das vítimas da legionela foram levadas para autópsia pela PSP durante o velório e lamenta o sucedido, mas salienta que o mais importante é que o Ministério Público investigue essas mortes.
"Independentemente de o processo não ter corrido bem, é fundamental que o Ministério Público cumpra aquilo que é não só a sua obrigação legal, mas a expectativa dos portugueses que é compreender o que é que falhou, o que é que correu mal, se existe um nexo de causalidade entre os óbitos e o quadro infeccioso", defendeu o ministro.
Adalberto Campos Fernandes lamentou "a fórmula um pouco perturbada como tudo isto aconteceu", mas sublinhou a importância do papel que o Ministério Público está a desempenhar neste caso.
À margem do Fórum do Conselho Nacional de Saúde, em Lisboa, o ministro reconheceu ainda que as verbas destinadas ao setor da saúde nos vários Orçamentos do Estado não são suficientes, mas sublinha que, nos últimos anos, houve um crescimento significativo dos valores.
Em dia de greve nacional dos médicos, o ministro definiu o fim do ano como o prazo para um acordo entre o governo e os sindicatos. Já sobre o pedido do Bastonário da Ordem dos Médicos, que quer a demissão de Jorge Simões, o presidente do Conselho Nacional da Saúde, o ministro pede ponderação e deixa um recado - os bastonários, sejam eles quais forem, não são políticos.