O nome foi enviado pelo primeiro-ministro esta segunda-feira, à Assembleia da República.
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O primeiro-ministro, António Costa, indigitou esta segunda-feira a embaixadora Maria da Graça Mira Gomes para o cargo de secretária-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP).
Segundo nota do Governo enviada à comunicação social, o nome da nova secretária-geral do SIRP foi já enviado para a Assembleia da República.
"O primeiro-ministro informou o líder do principal partido da oposição, dr. Pedro Passos Coelho, desta indigitação", lê-se no comunicado do Governo.
Como secretária-geral do SIRP, Graça Mira Gomes substituirá Júlio Pereira que ocupa o cargo desde 2005.
A nova secretária-geral do SIRP exerce atualmente as funções de embaixadora portuguesa junto da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em Viena, cargo que ocupa desde 2015 e, nessa qualidade, presidiu ao Fórum para a Cooperação na Segurança e à Comissão Consultiva e ao Tratado "Open Skies".
Esta é a segunda vez que António Costa faz uma indigitação para o cargo de secretário-geral do SIRP, tendo primeiro indicado o embaixador José Júlio Pereira Gomes para suceder a Júlio Pereira.
Em maio, o primeiro-ministro convidou o embaixador Pereira Gomes para substituir o secretário-geral do SIRP em funções, Júlio Pereira, mas logo a seguir a eurodeputada socialista Ana Gomes levantou dúvidas sobre o perfil do embaixador para este cargo.
Ana Gomes referiu-se a episódios de 1999, após o referendo que levou à independência de Timor-Leste, quando Pereira Gomes dirigiu a "Missão de Observação Portuguesa ao Processo de Consulta da ONU", acusando-o de ter abandonado o território numa altura em que se registava um crescendo de violência por parte de milícias pró-indonésias - posição que foi depois corroborada pelos jornalistas Luciano Alvarez e José Vegar.
No entanto, em junho, Pereira Gomes manifestou-se indisponível para liderar as "secretas" portuguesas, na sequência de uma polémica em torno da sua ação aquando do processo de independência de Timor-Leste, em 1999.