O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses fala em profissionais à beira da exaustão e de longas horas de espera dos utentes nos SUB - os Serviços de Urgência Básica de Loulé e Albufeira.
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Em Albufeira, em turnos que deviam estar três enfermeiros estão dois e em Loulé, devido a férias e baixas, de uma equipa de 16 estão apenas sete a trabalhar. Tudo isto numa altura em que aumenta o afluxo de doentes. Em Albufeira, os enfermeiros podem chegar a fazer 210 atendimentos por dia e em Loulé cerca de 160.
Nuno Manjua, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, fala em exaustão física e mental dos profissionais que fazem muitas horas extraordinárias. "O normal seria fazer 140 horas/mês, mas estão a fazer 200 horas", salienta o sindicalista. "Trabalham muitas horas seguidas, 12, 16 horas, isto é desumano".
O Sindicato critica o Ministério da Saúde por só ter acautelado a situação dos médicos. "Há o despacho do secretário de Estado a permitir a mobilidade parcial de médicos para o Algarve e relativamente aos enfermeiros nada foi pensado".
Segundo o sindicato, são também constantes as situações de conflito com os utentes que esperam longas horas para serem atendidos e mostram agressividade para com os profissionais de saúde.
O Centro Hospitalar do Algarve anunciou recentemente que vai contratar cerca de 80 enfermeiros, mas esses profissionais ainda não estão a trabalhar.