O SINDEPOR- Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal desmente que as cirurgias oncológicas e pediátricas urgentes não estejam a ser realizadas. O Sindicato fala numa campanha de desinformação contra os enfermeiros.
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A greve dos enfermeiros é para manter e se o Governo não receber os sindicatos que a convocaram até se pode alargar em tempo e a outros centros hospitalares. Essa é a intenção do SINDEPOR, o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, uma das duas associações sindicais que convocou a chamada "Greve Cirúrgica".
O seu presidente desmente o administrador do Centro Hospitalar Lisboa Norte que afirmou que desde o início da greve nenhuma criança foi operada."Tem havido muita informação falsa com o objetivo claro de manipular a opinião pública contra os enfermeiros", afirma Carlos Ramalho.
O dirigente sindical garante que no Centro Hospitalar Lisboa Norte já foram realizadas três cirurgias de pediatria consideradas urgentes. "Se não foram feitas mais foi porque quem define o que é urgente e prioritário são os médicos", diz.
O presidente do SINDEPOR garante que todas as cirurgias urgentes estão a ser feitas, nomeadamente algumas oncológicas. O sindicalista sublinha que se não são realizadas mais cirurgias é porque o Sistema Nacional de Saúde está mal organizado e não aproveita bem os tempos cirúrgicos nem as salas operatórias.
O SINDEPOR estima que até final da greve sejam desmarcadas entre 4500 a 5000 cirurgias.
Carlos Ramalho diz que a responsabilidade em pôr fim a esta paralisação está apenas do lado do governo. " Se continuarem a ignorar os sindicatos não excluímos a possibilidade de no próximo ano continuarmos a luta e alargarmos a outras instituições"