Lúcia Leite justifica o número reduzido de cirurgias efetuadas com a complexidade e extensão de uma das intervenções realizadas.
Corpo do artigo
A presidente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE) nega que tenham ficado por cumprir os serviços mínimos da greve cirúrgica dos enfermeiros no Hospital Santo António, no Porto.
Esta terça-feira, o diretor clínico do hospital revelava que, ao longo do dia, foram operados apenas cinco dos 26 doentes considerados como "prioritários". Na resposta a esta afirmação, Lúcia Leite acusa o diretor de querer passar apenas os dados que interessam ao hospital e explica a razão do baixo número de cirurgias efetuadas.
"Neste momento é essa a informação que interessa passar para a opinião pública. Esqueceu-se o senhor de dizer que uma das cirurgias foi de neurocirurgia e demorou o dia todo, ocupou a equipa de manhã e a equipa de tarde. Se havia duas salas de serviços mínimos a funcionar para além das salas de urgência, uma delas foi ocupada por um único doente. Quando se agendam cirurgias em número excessivo para a disponibilidade dos recursos, obviamente vão ficar cirurgias por fazer", alertou a presidente da ASPE em declarações à TSF.
TSF\audio\2019\02\noticias\05\lucia_leite_sto_antonio
A greve dos enfermeiros decorre desde quinta-feira e estende-se até fim de fevereiro em blocos operatórios de sete hospitais públicos, sendo que a partir de sexta-feira passa a abranger mais três hospitais num total de dez.
Leia mais:
- Serviços mínimos da greve cirúrgica não foram cumpridos no Hospital Santo António