Cerca de mil alunos da Escola Secundária José Falcão, em Coimbra, manifestam-se, em cordão humano, à volta da escola, contra as condições do edifício, que dizem ter sido deixado ao abandono.
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O antigo liceu de Coimbra, agora Escola Secundária José Falcão, tem 82 anos e nunca recebeu qualquer tipo de obras de melhoramento.
Esta manhã, os alunos aproveitaram o intervalo das 10h30 para mostrarem à cidade as condições em que têm aulas, mas também para lembrar ao Governo que há um ano que aguardam por novidades, uma vez que o parlamento reconheceu a necessidade de obras na escola.
Chove nos corredores e em algumas salas. As escadas têm ondas provocadas pelo desgaste. Os alunos vêm para as aulas com mantas por falta de aquecimento. São estas algumas das queixas que levam à origem do cordão humano que esteve a abraçar a Secundária José Falcão, durante os intervalos do período da manhã.
À porta da escola é Ana Teresa Fonseca, a presidente da Associação de Estudantes, que primeiro conta à TSF as más condições com que alunos, professores e funcionários convivem diariamente.
Património da cidade, a escola com mais de oito décadas é, sem obras, património decadente.
Aqui chove, não só água, mas também promessas, como conta Marta Mascarenhas, da Associação de Pais da Secundária José Falcão.
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O cordão humano é para que a escola não caia na gaveta ou no esquecimento, até porque, só em Coimbra, as escolas Avelar Brotero, Dona Maria e Quinta das Flores já foram intervencionadas.
Paulo Ferreira, diretor da escola, está solidário com os alunos, e por isso deu as mãos no cordão humano.
A falta de dinheiro tem sido a desculpa da tutela. As obras deveriam ter começado no final do ano passado. Ainda não há sinal de trabalhos.