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A Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução está preocupada com o crescente número de doentes tratados que se apercebem que não podem ter filhos. Muitos médicos não informam os doentes que é possível fazer opções e continuarem a ser férteis.
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Os médicos oncologistas vão receber recomendações para que avisem os doentes com cancro da melhor forma de poderem ter filhos depois dos tratamentos. O tema está sexta-feira e sábado em discussão num encontro, em Guimarães, da Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução.
A presidente desta sociedade cientifica explica que a fertilidade de quem teve um cancro é um problema que afeta cada vez mais portugueses. Há mais doentes jovens, antes de terem filhos, e, com a evolução da medicina, cada vez mais sobrevivem.
Teresa Almeida Santos acrescenta que o problema é que, com frequência, os oncologistas não informam os doentes de que existem tratamentos mais ou menos agressivos para a fertilidade e que é possível congelar óvulos ou espermatozoides.
Razões que justificam que se "chame a atenção ou se façam recomendações" pois é "fundamental discutir estas possibilidades com os doentes". A especialista diz que é preciso que os médicos "não se esqueçam de informar logo quando se percebe que tem de ser feito um tratamento que pode afetar a fertilidade".
O primeiro conjunto de recomendações nacionais para oncologistas na área da fertilidade vai ser discutido no encontro da Sociedade Portuguesa da Medicina da Reprodução. O passo seguinte é discutir o tema com a Sociedade Portuguesa de Oncologia.