Estação espacial desacelera queda. Só vai entrar na atmosfera domingo à tarde

Fraunhofer FHR/ESA
Continua a haver uma grande incerteza sobre onde os detritos vão cair.
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A Agência Espacial Europeia (ESA) disse este sábado que a estação espacial chinesa Tiangong-1 está a progredir mais lentamente do que o previsto e só deverá entrar na atmosfera terrestre entre domingo à tarde e segunda-feira de manhã.
De acordo com um comunicado citado pela agência de notícias francesa AFP, a nova janela de tempo para a queda da estação espacial chinesa situa-se agora entre as 13h00 de domingo (horário de Lisboa) e as 12h00 de segunda-feira.
A agência explica a desaceleração da queda da Tiangong-1 pela manutenção de um fluxo de partículas que devia ter aumentado de densidade na atmosfera superior e precipitado a queda, mas tal não aconteceu.
A janela de reentrada na atmosfera da Terra, no entanto, permanece "altamente variável", disse a ESA, salientando que também há uma grande incerteza sobre onde os detritos vão cair.
Segundo a agência europeia, Portugal situa-se numa das zonas de maior probabilidade de impacto. Rui Moura, professor do instituto geofísico da Universidade do Porto, esclareceu esta sexta-feira as dúvidas levantadas pela queda da Tiangong-1 em declarações à TSF.
Na sexta-feira, a China já tinha minimizado as preocupações sobre o impacto da entrada na atmosfera, e prometeu mesmo que será um espetáculo magnífico, semelhante a uma chuva de meteoros.
"As pessoas não têm motivos para se preocupar", assegurou a entidade chinesa responsável pela conceção dos voos espaciais tripulados (CMSEO, na sigla em inglês), numa mensagem publicada nas redes sociais.
Este género de estação espacial "não cai violentamente sobre a Terra como nos filmes de ficção científica, mas desintegra-se como uma magnífica chuva de meteoros num belo céu estrelado, à medida que os respetivos destroços avançam em direção à Terra", explicou a entidade chinesa.
A Tiangong-1 foi colocada em órbita em setembro de 2011.