Sete associações da indústria alimentar comprometem-se esta quinta-feira a tornar mais saudáveis os produtos que os portugueses consomem diariamente.
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Este é "um dia importante para a saúde dos portugueses", destaca a bastonária da Ordem dos Nutricionistas.
Em declarações à TSF, Alexandra Bento aplaude a assinatura, esta quinta-feira, de protocolos entre a Direção-Geral da Saúde (DGS) e indústria alimentar para reduzir as quantidades de sal, açúcar e as chamadas gorduras 'trans' que se encontram em alimentos processados e são prejudiciais à saúde quando consumidas em excesso.
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O objetivo destes protocolos passa por "incentivar a reformulação de um conjunto de produtos alimentares" com metas definidas para reduções entre 10 e 12% dos teores de sal, açúcar e ácidos gordos trans a atingir até 2021, sendo os avanços monitorizados por uma empresa internacional de auditoria (a Nielsen), havendo ainda a participação do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).
"Podemos desejar sempre mais (...) mas estes não são acordos fáceis". O trabalho para melhorar os hábitos alimentares dos portugueses não acabou.
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A expressão da vontade para mudar já é importante, considera, e por isso "a indústria alimentar e a distribuição está de parabéns".
Os acordos para reformulação de produtos alimentares, segundo o Ministério da Saúde, serão assinados com sete associações empresariais: Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED, que representa os supermercados), Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA), Associação Nacional dos Industriais de Gelados Alimentares, Óleos, Margarinas e Derivados (ANIGOM), Associação Nacional Comerciantes Industriais Produtos Alimentares (ANCIPA), Associação Nacional dos Industriais de Laticínios (ANIL), Associação Portuguesa de Produtores de Flocos de Cereais (AFLOC) e Associação Portuguesa de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas (PROBEB).
A Estratégia Integrada para a Promoção da Alimentação Saudável, publicada em 2017 com os contributos de vários ministérios, defende que os hábitos alimentares inadequados são o fator que mais contribui para o total de anos de vida saudável perdidos pela população portuguesa.