A24 com segurança reduzida há seis meses

Quem passa na A24, autoestrada do Interior Norte que liga Viseu a Chaves, encontra, há seis meses, cartazes a alertar para os perigos deste troço e para a segurança reduzida para automobilistas.

A iniciativa partiu do presidente da Câmara Municipal de Vila Real, e recebeu o apoio da Comunidade Intermunicipal do Douro. O autarca Rui Santos explica à TSF que a falta de segurança se devia à renegociação com a concessionária. A revisão do contrato levou à diminuição de postos de SOS, da iluminação, de painéis de informação sobre as condições adversas do tempo, mas também provocou a redução de limpa-neves. São agora quatro trabalhadores, em vez de oito.

"É, mais uma vez, o tratamento diferenciado entre o interior e o litoral. Isto só acontece no interior do país, nada foi desligado no litoral", acusa Rui Santos, que lança também uma reflexão. "Como é que reagiriam os portugueses que vivem no litoral se passassem na A1 e tivessem os nós de acesso e os postos de SOS desligados, se os carros de socorro não funcionassem durante a noite...?", questiona o presidente da câmara de Vila Real.

A desigualdade entre o interior e o litoral é também muito criticado por Rui Santos: "Como aqui no interior somos poucos, tudo se faz, tudo se mantém, e somos, mais uma vez, maltratados".

audio TSF\audio\2019\04\noticias\22\rui_santos_o_interior_mal_tratado Ouça aqui o que pensa Rui Santos sobre a disparidade entre o interior e o litoral

Mas, seis meses depois, o que mudou afinal na A24? Nada, diz o autarca, que admite desenvolver "uma ação", com o apoio da Comunidade Intermunicipal do Douro. "Eu estou a antecipar o futuro. Conhecendo as Infraestruturas de Portugal e a forma como reagem em relação a problemas do interior do país, é fácil deduzir o que vai acontecer", atira Rui Santos, preocupado com o futuro da autoestrada.

audio TSF\audio\2019\04\noticias\22\rui_santos_o_que_vai_fazer_a_seguir Ouça aqui a perspetiva de Rui Santos sobre o futuro da A-24