Pedro Nunes, antigo bastonário da Ordem dos Médicos defende que deve haver um consenso para obrigar os profissionais de saúde a responderem em casos de urgência.
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"Devem ser tomadas medidas, mesmo que possam prejudicar interesses económicos de algumas pessoas e até dos médicos", disse à TSF o antigo bastonário dos médicos.
Recusando falar em concreto do caso do jovem que morreu no hospital de São José, Pedro Nunes sublinha que o interesse económico não pode prevalecer na saúde.
"Tem que haver uma consensualização política que retire o caráter ideológico do Serviço Nacional de Saúde e que subordine os interesses das pessoas a um desiderato maior que é o de garantir a segurança de todos os cidadãos".
Pedro Nunes adianta que para esse destino seja atingido, terá de haver "alguns sacrifícios, seja a quem for".
O antigo bastonário considera "inaceitável que muitos médicos não colaborem no serviço de urgência, ou porque abandonaram os serviços publico ou porque se entende que a urgência é meramente uma responsabilidade do serviço público a que mais ninguém tem que responder".
"Tem que se encarar o Serviço Nacional de Saúde como uma prioridade", concluiu.