O tribunal vai levar a julgamento 19 militares acusados no processo do curso de Comandos, que resultou na morte de dois recrutas.
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O Exército Português considera que a decisão de levar a julgamento os militares constituídos arguidos no caso das mortes no curso de Comandos, em 2016, não põe em causa a realização dos cursos no futuro.
Em declarações à TSF, Vicente Pereira, porta-voz do Exército, afirmou que a bolsa de instrutores do curso é vasta e não se resume aos 19 acusados no caso em que morreram dois recrutas.
Vicente Pereira admitiu que, no curso de Comandos, existem áreas mais técnicas em que os instrutores podem, por vezes, ser os mesmos, no entanto, há outras áreas em que se verifica uma rotatividade entre os militares que fazem parte da unidade.
O porta-voz do Exército esclarece ainda que os militares que vão agora a julgamento estão quase todos no ativo. A exceção é o médico que a Justiça impediu, em novembro de 2016, de exercer funções.
Dylan da Silva e Hugo Abreu, à data dos factos ambos com 20 anos, morreram enquanto vários outros instruendos sofreram lesões graves e tiveram de ser internados, na sequência de uma prova do 127.º Curso de Comandos, que decorreu na região de Alcochete, distrito de Setúbal, a 4 de setembro de 2016.