Pedro Veiga demitiu-se no primeiro dia do exercício nacional que vai testar a capacidade de resposta das empresas a um ciberataque.
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A ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, agradeceu o contributo de Pedro Veiga, dizendo que foram razões pessoais que levaram à demissão, mas o Diário de Notícias adianta outros motivos, ligados à falta de investimento.
Pedro Veiga tinha manifestado em privado frustração por não conseguir dotar o Centro Nacional de Cibersegurança ao nível que entendia ser o adequado, quer de equipamento quer de meios humanos.
O jornal cita fontes que têm acompanhado a atividade do centro. Uma dessas fontes explica que os valores permitidos para a contratação de técnicos ficavam muito abaixo daquilo que podem receber no privado e, desde que Veiga tomou posse, em 2016 viu fugir vários quadros altamente qualificados.
O pedido de demissão foi anunciado em pleno simulacro de um ciberataque, o primeiro exercício que esta quarta e quinta-feira procura testar o grau de preparação de várias entidades públicas e privadas a um ciberataque.
O Governo garante que Pedro Veiga saiu a seu pedido. Fonte do gabinete da ministra-adjunta, Maria Manuel Leitão Marques, que não quis comentar a alegada falta de verbas do centro de cibersegurança, explica ainda que a nomeação do substituto será anunciada brevemente.