
Concentração Nacional de Enfermagem convocada pelo MNEnf - Movimento Nacional de Enfermeiros "Pela dignidade da profissão, pela contratação de novos enfermeiros, por uma carreira justa... dizemos BASTA", em frente ao Palácio de Belém, Lisboa, 19 de maio de 2018. NUNO FOX/LUSA
LUSA
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros está a negociar há um ano, com o Governo, uma carreira especial de enfermagem.
Corpo do artigo
A Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE) avisou hoje o Governo que marcará uma greve nacional entre os dias 13 e 17 de agosto caso se mantenham as reuniões inconclusivas, que duram há um ano.
Após uma reunião com representantes dos ministérios das Finanças e da Saúde, a FENSE avisou que, sem uma resposta à proposta de acordo coletivo de trabalho apresentada pelos enfermeiros, estes entrarão em greve, explicou aos jornalistas o presidente do Sindicato dos Enfermeiros, José Correia Azevedo.
A FENSE está a negociar há um ano, com o Governo, uma carreira especial de enfermagem, mas segundo o sindicalista ainda não saíram sequer da primeira cláusula. "Andamos a discutir a forma e o conteúdo" e a "paciência esgotou-se", disse José Correia Azevedo.
O acordo coletivo de trabalho que a FENSE quer negociar prende-se com "lacunas" na carreira de enfermagem e consiste essencialmente na reintrodução da carreira de enfermeiro especialista, explicou o responsável.
"Queremos nos serviços de chefia enfermeiros diretores e queremos que os enfermeiros tenham uma carreira com escalões e uma tabela salarial decente", explicou, garantindo que com essas mudanças "os serviços irão funcionar melhor do que agora".
José Correia Azevedo lamentou que possivelmente tenha de recorrer à greve e disse que, quase um ano depois sem qualquer resultado, os sindicatos não podem ser acusados de não terem sido pacientes.
A FENSE, disse também, representa 10 mil dos pouco mais de 40 mil enfermeiros.
José Correia Azevedo tem dito que "o Estado deve aos Enfermeiros 13 anos, sete meses e 25 dias de congelamento, antes, durante a após 'troika'" e que isso está na "mesa negocial".