Até ao momento, as operações eram coordenadas pelo comandante operacional distrital de Faro, Vítor Vaz Pinto, e pelo seu segundo comandante, Abel Gomes.
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O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou, esta terça-feira, que as operações de combate ao incêndio de Monchique vão passar a ser coordenadas pelo comandante nacional da Proteção Civil, José Duarte da Costa.
"Decidimos passar a coordenação da operação para o nível nacional de coordenação, na dependência direta do comandante nacional e da sua equipa", disse Eduardo Cabrita.
O ministro justificou a decisão pela extensão de meios envolvidos, a duração do incêndio e a avaliação da situação do fogo, garantido que a medida se trata da "aplicação do protocolo de funcionamento da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC)".
Até agora, as operações eram coordenadas pelo comandante operacional distrital de Faro, Vítor Vaz Pinto, e pelo segundo comandante, Abel Gomes.
"O comandante Vaz Pinto tem feito um trabalho notável, de grande competência técnica e de grande dedicação pessoal. Tem sido sempre apoiado, com igual empenho, pelo segundo comandante distrital", afirmou Eduardo Cabrita.
O ministro da Administração Interna frisou que a resposta de todas as entidades no sistema tem sido "notável", fazendo questão de passar uma palavra de "confiança e solidariedade" para quem está no incêndio de Monchique.
O combate ao fogo, admitiu o responsável, ainda está sob "condições muito adversas", uma vez que os "ventos muito significativos" ainda deverão perdurar "nas próximas horas e, provavelmente, nos próximos dias".
"Não é tempo para balanços, é tempo de combate", declarou o ministro, acrescentando que, apenas quando o incêndio estiver extinto se procederá ao levantamento das habitações, produções agrícolas e produção pecuária destruídas.
Questionado sobre o plano de intervenção florestal em Monchique, que estará à espera da aprovação Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), o ministro da Administração Interna nega a situação. De acordo com Eduardo Cabrita, o Ministério da Agricultura deverá, ainda esta terça-feira, prestar mais esclarecimentos sobre o assunto, nas não haverá qualquer plano com aprovação pendente no ICNF.
Sobre as críticas tecidas pela Associação de Produtores Florestais do Barlavento Algarvio e pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais à forma como tem sido gerido o combate ao incêndio de Monchique, o ministro responde: "É tempo de combate, não é tempo de crítica a quem está no terreno a pôr a sua vida em risco, cumprindo a sua missão". "A vida humana é a nossa prioridade", concluiu.