
Regis Duvignau/Reuters
O Governo abriu concurso para contratar 413 médicos que terminaram a especialidade nas áreas de medicina geral e familiar, hospitalar e saúde pública.
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No total são 413 vagas abertas nas áreas de medicina geral (113), hospitalar (287) e saúde pública (13), refere o Ministério da Saúde, numa nota enviada esta quinta-feira à comunicação social.
Os despachos que autorizam a abertura de procedimentos concursais para a contratação de médicos recém-especialistas foram publicados em Diário da República na quarta-feira.
A maior parte das vagas (cerca de 300) destina-se a especialidades hospitalares. Por exemplo, 60 são para medicina interna, 25 para pediatria, incluindo o centro hospitalar de Lisboa Central, que inclui o Hospital Dona Estefânia, com duas vagas abertas. São ainda abertas 23 vagas de anestesista, para todas as regiões do país. Foram ainda abertos procedimentos para contratar 113 médicos de família, quase metade, na região de Lisboa.
Este é o segundo procedimento concursal de 2018, depois de, na primeira época, terem sido abertas 1.234 vagas - o maior número de sempre dos últimos anos para as áreas referidas --, às quais se candidataram mais de mil médicos.
"Reconhecendo o papel central dos recursos humanos no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Governo aprovou um regime excecional de recrutamento, célere, que garante progressivamente às populações um número de médicos adequado às necessidades e oferece-lhes um contexto de integração e estabilidade profissional no SNS", refere a nota.
Concluíram com aproveitamento o internato da especialidade 327 médicos.
Médicos consideram número aquém das necessidades do SNS
O bastonário da Ordem dos Médicos considera que o número de vagas anunciado esta quinta-feira para várias áreas pode trazer "constrangimentos" nos hospitais.
"Dado que as condições de trabalho no SNS são cada vez mais precárias. Não é por acaso que muitos médicos têm apresentado a demissão de cargos de chefia, isto vai trazer alguns constragimentos em termos daquilo que são as opções dos médicos", disse à TSF Miguel Guimarães.
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Notícia atualizada às 12h40