Os sindicatos dos médicos exigem a reposição da situação laboral "como era antes da troika". Adalberto Campos Fernandes afirma que já há entendimento para algumas das reivindicações.
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O ministro da Saúde disse esta quarta-feira, em Bruxelas, estar "muito perto" de um acordo com os médicos. Adalberto Campos Fernandes garantiu que duas das reivindicações dos profissionais estão "praticamente" atendidas.
"Nós aproximámo-nos muito, estamos mais perto de um ponto central de acordo do que estávamos há uns meses", assegurou Adalberto Campos Fernandes, questionado sobre a ameaça de nova greve dos médicos.
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Campos Fernandes reconheceu, no entanto, que "há trabalho para fazer", garantindo que manterá o "processo negocial até ao último minuto". "Também não desistimos de cumprir a nossa parte que é defender o interesse público e o interesse nacional", disse, à saída de reuniões na Comissão Europeia, em Bruxelas.
À TSF, o presidente do Sindicato Independente dos Médicos, Roque da Cunha, declara que os médicos precisam de menos conversa e mais ação. O sindicalista diz que os profissionais já estão mais que habituados às "palavrinhas mansas do senhor ministro".
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No final de uma reunião geral de médicos, que decorreu na terça-feira à noite em Lisboa, o presidente da Federação Nacional de Médicos (FNAM), Mário Jorge Neves, explicou à agência Lusa que "existe uma predisposição muito forte e uma indignação muito forte por parte dos médicos para enveredarem por formas de luta".
Os médicos já tinham anunciado em agosto que ponderavam a realização de uma greve em outubro, depois das eleições autárquicas, mas o dirigente sindical especificou agora a forma de luta escolhida: "greves rotativas pelas várias zonas do país em semanas sucessivas, a culminar numa greve nacional com concentração em frente ano Ministério da Saúde".