No parlamento, no final de uma audição em que afirmou que a ADSE está a "apertar a malha", o ministro da Saúde confirmou que o entendimento deve estar "fechado" nos próximos dias.
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O Governo acredita que até ao final desta semana, vai haver acordo entre a ADSE e os parceiros privados, a propósito das novas tabelas de preços que devem entrar em vigor no mês de março. As tabelas reduzem em cerca de 42 milhões de euros os valores pagos pelo subsistema de saúde ADSE à rede de prestadores privados.
No final de uma audição na Comissão parlamentar de Saúde, na Assembleia da República, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, afirmou que a informação que tem é de que o acordo está para breve.
"Acredito que até ao final da semana a ADSE e os parceiros privados vão ter um entendimento fechado", disse o titular da pasta da Saúde.
Segundo Adalberto Campos Fernandes, a confirmação foi-lhe dada por Carlos Liberato Baptista, o atual presidente do conselho diretivo da ADSE: "Transmitiu-me que o diálogo estava a decorrer e a decorrer bem e que havia vários entendimentos estabelecidos. É normal, quando há um processo deste tipo, que as partes enunciem as suas vontades".
As novas tabelas de preços que a ADSE apresentou ao setor privado - e que devem entrar em vigor a no início de março - já levaram a várias críticas no setor.
Uma das principais vozes que se opõe a esta atualização das tabelas é a da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, que considera que os montantes em causa significam "perdas incomportáveis" para os privados e que, neste caso, colocam em causa o acesso dos beneficiários da ADSE aos cuidados de saúde.
Esta quarta-feira, na Comissão de Saúde, o ministro já tinha adiantado que a ADSE "está a apertar a malha de escrutínio" e a "garantir que o dinheiro dos beneficiários não é mal utilizado".