Até ao final do mês será definindo um cabaz de produtos que o governo quer tornar menos prejudiciais à saúde.
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O Governo está a negociar com o setor agroalimentar novas formas de cortar no açúcar, nas gorduras e no sal e espera um acordo para muito breve, dizendo-se confiante na "abertura" tanto da indústria como da distribuição.
Em declarações esta manhã no Fórum TSF, conduzido por Manuel Acácio, o secretário de Estado adjunto da Saúde espera até ao final de junho, ou início de julho, chegar a acordo sobre qual os produtos abrangidos, quais as quantidades de açúcar, sal e gorduras a reduzir e como é que será feita a monitorização pública para saber se os objetivos estão a ser cumpridos.
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O Governo está ainda a estudar a possibilidade de introduzir novos escalões na tributação das bebidas açucaradas.
Fernando Araújo destaca o "enorme sucesso" do chamado "imposto Coca-Cola".
Foi possível no último ano reduzir o consumo de açúcar dos portugueses em seis mil toneladas, revela Fernando Araújo.
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O objetivo é estimular a "indústria a inovar" para reduzir o açúcar, permitindo que bebidas com oito gramas de açúcar, por exemplo "possam ser reformuladas" para assim "reduzir tributação associada a essas bebidas".
Pretende-se ao longo de três anos, de forma faseada, atingir os valores de consumo de açúcar e gorduras recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O total diário de açúcar adicionado aos alimentos não deveria ultrapassar as seis colheres de chá de açúcar, mas uma lata de refrigerante tradicional pode conter até 10 colheres de chá de açúcar.
Portugal é alvo de uma verdadeira "epidemia de diabetes hipertensão e obesidade", alerta o secretário de Estado.
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