À TSF, o secretário de Estado da Educação manifesta "repúdio" pelo comportamento dos docentes e garante que o Ministério da Educação irá desencadear ações disciplinares, se os casos forem denunciados.
Corpo do artigo
O Ministério da Educação pede que todos os alunos vítimas de homofobia nas escolas denunciem os casos. Um estudo, realizado pelo ISCTE e pela Universidade do Porto, concluiu que mais de metade dos alunos homossexuais e bissexuais já ouviram comentários homofóbicos por parte de professores .
Em reação à notícia, avançada pela TSF, o secretário de Estado da Educação, João Costa, disse encarar com "preocupação e manifesto repúdio" os comportamentos dos docentes revelados pela investigação e garantiu que o Executivo irá responder a esse tipo de agressões com ações disciplinares.
"Discriminação ou um comentário negativo ou agressivo que seja dirigida a qualquer criança ou jovem em função da sua orientação sexual é um atentado a direitos fundamentais previstos na Constituição", afirmou João Costa.
TSF\audio\2018\06\noticias\21\joao_costa_1_denunciem!
"Qualquer aluno que experiencie um comportamento desses deve de imediato fazer queixa ao Ministério da Educação, para que aja disciplinarmente sobre os agressores", declarou o secretário de Estado, reafirmando que "ninguém tem legitimidade para agredir um aluno, nem que seja verbalmente".
Questionado pela TSF, o secretário de Estado da Educação revela que, até ao momento, apenas um caso de homofobia por professores foi detetado e que foi encontrada uma solução para o mesmo.
TSF\audio\2018\06\noticias\21\joao_costa_2_um_caso
O inquérito a quase 700 jovens com idades entre os 14 e os 20 anos revelou que três em cada cinco alunos gays ou bissexuais já ouviram comentários negativos e professores e funcionários não-docentes das escolas.
A Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero, que encomendou o estudou ao ISCTE e à Universidade do Porto, revelou-se surpreendida com a dimensão do problema e propõe a integração dos conteúdos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgénero) nos programas escolares e a inclusão destas temáticas na formação profissional dos docentes.