Administradores dos hospitais apontam para milhares de consultas e cirurgias programadas canceladas esta quarta-feira.
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Os sindicatos e a associação dos administradores hospitalares admitem um forte impacto da greve nacional dos médicos marcada para esta quarta-feira, 8 de novembro, depois de mais de um ano de negociações sem resultados com o Ministério da Saúde.
À TSF, o presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares defende que o maior impacto será nas cirurgias programadas, sendo que pelo histórico do último ano podemos estar perante mais de 60 a 70% de cancelamentos.
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Nas consultas externas canceladas, o impacto da greve pode ser menor, mas, mesmo assim, rondar os 50%.
Do lado do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), o secretário-geral - um dos promotores da greve - não faz previsões de adesão, mas acredita que esta será, de novo, muito grande, manifestando a revolta contra o ministério.
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O representante dos médicos acredita que os doentes compreendem as razões do protesto e sublinha que a culpa é do Ministério da Saúde, que nem apresentou uma contra-proposta às reivindicações dos dois sindicatos que promovem a greve, sublinhando que é preciso que o governo volte à mesa das negociações.