Paulo Guedes, considerado um dos mais liberais economistas do Brasil, está indicado para o cargo de ministro da fazenda, as Finanças, de um eventual Governo Bolsonaro.
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O Ministério Público Federal investiga o guru económico por trás da campanha de Jair Bolsonaro por suspeita de fraude de mil milhões de reais, algo em torno de 230 milhões de euros.
Para os investigadores "há indícios relevantes de que entre fevereiro de 2009 e junho de 2013, diretores de fundos de pensão (...) se consorciaram com o empresário Paulo Roberto Nunes Guedes (...) a fim de cometerem crimes de gestão fraudulenta ou temerária de instituições financeiras".
Ainda de acordo com o Ministério Público, Guedes ter-se-ia associado a executivos do PT, partido de Fernando Haddad, candidato rival de Bolsonaro, e MDB, do ainda presidente Michel Temer, para executar a suposta fraude.
A suspeita, em traços gerais, é de que o negócio tenha sido aprovado sem análise adequada e gerado ganhos excessivos para Paulo Guedes.
O Ministério Público deu 10 dias para as partes envolvidas apresentarem documentos que provem não ter havido fraude.
O jornal Folha de S. Paulo, que noticiou o caso, não obteve resposta de Guedes nem da sua assessoria.
O gestor, considerado um dos mais liberais economistas do Brasil, está indicado para o cargo de ministro da fazenda, as finanças, de um eventual Governo Bolsonaro.
Admitindo que não domina perfeitamente a área económica, o candidato a presidente que obteve 46% dos votos na primeira volta das presidenciais endossa sempre as questões financeiras para Guedes.